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Posts Tagged ‘dismorfofobia’

Olá, meninas. Andei pesquisando sobre um dos  temas do último post e descobri que  a obsessão pela beleza é uma doença chamada dismorfobia, dismorfofobia, ou TDC (Transtorno dismórfico corporal). Pessoas portadoras desse transtorno acham que tem algum defeito, que são muito feias e por isso detestam ser observadas. Elas procuram a todo custo mudar sua aparência e acabam investindo em tratamentos malucos ou cirurgias plásticas. Geralmente a doença está associada à depressão e ansiedade. Acho que o caso mais famoso é o de Michael Jackson. Bem aqui vai uma reportagem do Diário de Pernambuco e uns vídeos da net para que vocês se informem melhor. Beijos.

Síndrome do patinho feio mete medo

Vítimas da dismorfobia sofrem vivendo uma eterna insatisfação com a própria imagem

Phelipe Rodrigues 
Da equipe do DIARIO

“O dado mais claro para mostrar a preocupação excessiva do brasileiro com a aparência é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica: em 2000, 350 mil pessoas no País se submeteram a operações com finalidade estética. O fenômeno não faz crescer o movimento apenas nos consultórios de cirurgiões plásticos. Psicoterapeutas e psiquiatras que cuidam dos distúrbios relacionados à insatisfação com a forma física vivem, hoje, com agenda lotada. Além de transtornos como anorexia e bulimia, passam a tratar a dismorfobia, um medo da alteração de alguma parte do corpo.

  Na maioria dos casos, essa imagem vista no espelho não condiz com o real. O que se vê recebe uma lente de aumento. Por isso, a dismorfobia também é conhecida como feiúra imaginária. “São magros que olham no espelho e se enxergam bem gordos. Ou mesmo gente bastante bonita que só identifica seus defeitos”, analisa o psicanalista George Lederman. Ele revela que uma das causas seria uma falha na construção da identidade, surgida já na infância. “O que cria uma insatisfação constante consigo mesmo. Há uma eterna necessidade de mudança”, diz Lederman.

  Para exemplificar, o mutante Michael Jackson é citado pela psicoterapeuta Alda Batista como o caso mais extremo. “O desconforto com a própria imagem é tanta que o faz mudar o tempo todo. Ele não pode se construir, definindo um papel, porque está sempre se lançando na eterna busca pela forma ideal”, explica Alda. “O mais complicado é ser um ídolo para adolescentes. Nessa fase, estamos muito suscetíveis a opinião dos outros. Podem achar que o caminho mais fácil é se modificar com plásticas o que não está achando bom”, completa ela.

  O que deve ficar claro, de acordo com os especialistas, é que mesmo depois de um procedimento cirúrgico, alguém que sofre com a dismorfobia não fica satisfeito. “Porque não estamos lidando com o real, e sim com uma distorção grave, o que leva a um transtorno compulsivo-obssessivo”, observa o psiquiatra Everton Botelho. Quem passa por esse problema, começa a gastar muito tempo no espelho,observando a deformidade que ela considera tão relevante. “Além de analisar demoradamente a falha, há uma obsessão em escondê-la. Se for uma orelha de abano, a pessoa deixa o cabelo crescer, ou até mesmo pára de sair”, conta o médico.

 

serotonina – A sensação de vergonha e inibição causa um grande impacto no comportamento, podendo limitar a vida social. “Vejo dois caminhos possíves para tratá-la. Um seria a prescrição de anti-depressivos que agem de forma seletiva, aumentando a serotonina”, indica Botelho. Quando há alteração dessa substância, o indivíduo estará, fisicamente, predisposto a focalizar sua ansiedade para o corpo. “A outra é a psicoterapia cognitiva-comportamental. Utilizando argumentos lógicos, o psicólogo questiona o paciente de onde tirou a idéia sobre a deformidade”. A melhora começaria a surgir em torno de 45 dias.

  Mas há outras práticas que surtem efeito. “Se há um problema físico, de fato, claro que vai haver a indicação da cirurgia. Quando tudo se passa só na cabeça de quem desenvolveu essa fobia, uso a psicoterapia. Levamos cerca de um ano para trabalhar os significados desses medos com o paciente”, argumenta Alda Batista. Nas sesssões de psicanálise, George Lederman trabalha a identidade, investigando as relações com a mãe e alguns traumas originados na infância. “É um processo de percepção da própria identidade, sem um tempo determinado para que ela se complete”, finaliza Lederman.”

 

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